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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lideres e Servos


Gostaria de compartilhar algumas diferenças entre as atitudes daqueles líderes que são servos genuínos daqueles que apenas fazem o serviço. Tanto servos quanto empregados podem fazer o trabalho, mas só os primeiros edificam realmente. Qual é a sua mentalidade? Você tem mentalidade de servo ou mentalidade de empregado? Vamos ver a diferença entre as duas atitudes.

Servos tomam a cruz, empregados aceitam cargos

Só nos tornamos realmente servos quando tomamos a cruz. Ela não é um tipo de fardo, mas a vontade de Deus. Tomamos a cruz quando buscamos fazer a Sua vontade, ainda que contrariando a nossa.
Quando fazemos a obra de Deus apenas em função das pessoas, é fácil ficarmos desanimados, e até prostrados, porque nem sempre elas respondem à nossa liderança. Quando temos consciência de que fazemos por obediência a Deus, aí fica claro quem deve estar contente com o nosso trabalho. Na obra de Deus, o importante é o Senhor, pois prestaremos contas a Ele, não a homens. O Senhor Jesus teve muitas ocasiões para se sentir desanimado, e até desesperado, mas nunca se sentiu assim (Is 42.1;4).
Como servo de Deus, não podia receber pagamento de homens. Sei que estou falando de uma atitude de completa renúncia, aparentemente distante de nós, mas esse é o padrão. Para servir precisamos tomar a cruz e, ao fazermos isso, entramos no princípio da multiplicação.

Servos não esperam pagamento, empregados só fazem se receberem

Uma evidência para saber se você é empregado é se espera receber pelo trabalho. Para líderes com mentalidade de empregado, nem sempre o pagamento é em dinheiro, há muitos outros tipos de moeda. Alguns esperam posições, honra e glória; outros esperam mordomias e privilégios. Os mais simples esperam, pelo menos, a gratidão. O servo, porém, faz para Deus e espera dEle a recompensa.
O problema está em todo empregado achar que não recebe o suficiente. Empregados sempre esperam receber mais. Por isso, líderes com mentalidade de empregado estão destinados à amargura e decepção, pois ninguém nunca dará tudo o que eles pensam merecer.
Esta situação é muito comum: servos enviados por Deus esperando receber algo de homens. Você percebe essa situação na vida de muitos líderes? Eles são servos de Deus; o Senhor os enviou para servir à Igreja. Se esperam da Igreja aquilo que receberão de Deus, isso os faz servos infiéis e indignos. Um grande exemplo de um servo desses foi Geazi (2Rs 5).
O verdadeiro líder enxerga-se como servo de Deus, designado por Ele para servir na igreja. Como tal, sabe que deve prestar contas ao seu Senhor e não ter expectativas em homens. O empregado recebe a sua recompensa aqui, mas o servo receberá o seu galardão do Senhor seja aqui ou no Reino.

Empregados escolhem a quem servir, servos servem mesmo aos indesejáveis

Uma vez determinado por Deus que devo servir, cabe a mim obedecê-lO. Os empregados servem a dois tipos de pessoas: àqueles por quem demonstram consideração ou a quem se sente constrangido em ser servido. Os servos, igualmente, servem dois tipos de pessoas: os desagradáveis e aqueles que não os valorizam.
Muitos servos se colocam na posição de julgar aqueles a quem estão servindo. Se, ao me servir, eu digo a você como quero ser servido, e como quero que o serviço seja feito, não me taxe de arrogante e soberbo. Isso é uma completa inversão, pois, nesse caso, o servo torna-se o senhor. Essa é a principal característica de um empregado: ele deseja ser o patrão. Servos não servem apenas aos humildes, servem a qualquer um que o Senhor tenha mandado (Fp 2.5-7). Não compreendemos de fato o que significa ser um servo na Casa de Deus.

Servos se alegram enquanto trabalham, empregados sentem que é um fardo

O verdadeiro servo sabe que é uma imensa graça ser chamado para servir a Deus. O Senhor não precisa de nada e nem de ninguém e, ainda assim, resolveu nos chamar para cooperar com Ele. Somos chamados de ajudantes de Deus. O empregado, porém, sempre acha que é um fardo o seu serviço. Empregados estão sempre pensando em descansar, os servos, por outro lado, descansam para ter energia para trabalhar. O mundo vive em função do lazer, mas nós vivemos em função do chamado de Deus.

Servos fazem o que é necessário, empregados fazem só o que é pedido

O servo faz o que precisa ser feito, o empregado faz só o mandado. Os empregados sempre acham que fazem muito além da conta, mas os servos se dispõem ao sacrifício. Não se pede sacrifício de empregados. Apenas os verdadeiros servos entendem que, para fazer a vontade de Deus, algumas vezes são necessários sacrifícios.

Empregados procuram o melhor lugar para trabalhar, servos aproveitam a oportunidade para servir

A visão do empregado está sempre ao derredor, atento para uma oportunidade melhor de trabalho; servos não agem assim. Isso é comum, a ponto de ser tido como normal dentro da igreja. Há pessoas que só aceitam servir onde gostam mais e com pessoas que julgam ser mais agradáveis. Servos, por outro lado, não colocam condições. Afinal, são servos. Não fazemos a nossa vontade, mas a vontade de Deus. Não somos empregados contratados, somos servos comprados.
Empregados escolhem a quem se submeter, servos apenas perguntam quem é o líder

Servos sabem da existência de uma ordenação de autoridade na Casa de Deus. Se Deus colocou alguém como autoridade, eu me submeto a ele simplesmente porque o Senhor mandou fazê-lo. Deus tem muitos servos e Ele os coloca em diversas funções e autoridades. Empregados não estão edificando a casa, estão edificando sua própria visão dentro da casa. Servos sabem que não cabe a eles determinar a visão, mas apenas cumprir a missão que lhes foi designada.

Servos pensam sobre suas responsabilidades, empregados, no que os outros estão fazendo

O líder com atitude de empregado está sempre comparando e reclamando da mesma coisa sempre: ele é mais “esforçado” e “trabalha” mais. Seu padrão e limite de serviço não são a vontade de Deus, mas as ações dos outros. O empregado teme se passar por tolo e trabalhar sem necessidade. Líderes servos sabem que o Senhor determina o trabalho e, se essa é a parte determinada por Deus a eles, não faz diferença se os outros não cumprem o que lhes foi determinado. Mesmo os vendo parando e retrocedendo, continuarei servindo, pois recebi a incumbência de Deus.

Servos vêem o serviço como privilégio, empregados se sentem explorados

Esta é a atitude básica do empregado: ele vive com uma sensação de exploração. Líderes com essa mentalidade sempre desconfiam de possível abuso da igreja em relação à sua boa vontade. Servos conhecem uma verdade básica: não há limites para aquilo que Deus pode requerer deles. Obviamente, homens podem nos mandar fazer coisas que Deus não ordenou, e até colocar sobre nós fardos não postos por Ele, mas o verdadeiro servo sempre andará a segunda milha. O padrão é alto, mas espera-se de nós um padrão superior, afinal, somos servos de Deus.

Servos pensam como mordomos, empregados pensam como patrões

O alvo do empregado é ser patrão, mas o alvo do servo é ser considerado fiel. O empregado serve a si mesmo. A relação entre o patrão e o empregado é uma relação comercial, de troca, mas a relação entre o servo e seu Senhor é de submissão e senhorio.

O empregado está sempre buscando promoção, por isso sempre critica seus líderes, pensando em tomar o lugar deles. O servo procura o sucesso de seus líderes. O empregado serve para outros gostarem dele, o admirarem ou alcançarem qualquer outro objetivo pessoal. O servo serve simplesmente porque foi designado e sua expectativa é agradar ao seu Senhor.
Eu quero terminar a minha vida e obter o testemunho de que fui um servo de Deus. É isso que eu espero de você também. Eu quero andar ao lado de servos de Deus.